- A análise das plantas pode ser uma ferramenta valiosa na determinação do estado nutricional geral das culturas durante a época de cultivo.
- A interpretação precisa dos dados de análises das plantas requer que as amostras de tecidos das plantas sejam coletadas e manipuladas com cautela antes do envio para o laboratório.
- O conhecimento sobre a faixa normal de suficiência de boro em uma determinada cultura ajuda a interpretar os resultados analíticos e a diagnosticar uma possível deficiência de boro.
A análise das plantas pode ser uma ferramenta útil na determinação do estado nutricional geral das culturas durante a época de cultivo. Ela é usada juntamente com testes do solo para diagnosticar sintomas de deficiência de boro (B) porque alguns sintomas visuais podem resultar de outros fatores, como estresse de baixa ou alta umidade, temperaturas anormalmente baixas ou altas, insetos e doenças.
O teor de boro de uma planta, ou de uma de suas partes, também serve como reflexo do status disponível de boro no solo pelo período de algumas semanas antes da amostragem dos tecidos.
Na análise das plantas, são analisadas toda a planta ou partes específicas das plantas. Os resultados da análise das plantas são informados como concentrações numéricas precisas na faixa de partes por milhão (ppm), que podem ser comparadas com níveis críticos estabelecidos anteriormente e faixas de suficiência.
Os testes no solo são bastante afetados por determinadas propriedades do solo, principalmente o pH, o teor de matéria orgânica e a textura. Os resultados dos testes do solo não poderão ser tão categóricos quanto a análise das plantas na verificação de solos com deficiência de boro, mas podem ser úteis na interpretação dos resultados das análises das plantas.
Ambos os métodos de diagnóstico devem ser usados juntos para se avaliar com eficácia o status de boro nas plantas do solo e, assim, confirmar uma suficiência ou insuficiência de boro em uma determinada cultura.
Coleta de amostras de tecidos
A amostragem de plantas frequentemente é o fator de maior limitação em um programa bem-sucedido de análise das plantas. Deve-se ter extrema cautela ao selecionar a parte da planta a ser amostrada. Pode haver uma grande variação nas concentrações de boro entre as diferentes partes da mesma planta.
A amostragem apropriada exige que uma parte definida da planta seja extraída, como uma determinada folha, um grupo de folhas ou uma parte de uma planta em um período específico no ciclo de crescimento da planta. Instruções de amostragem para várias culturas agrícolas são fornecidas na Tabela 1.
Quando instruções específicas de amostragem não forem fornecidas para determinada cultura, a regra geral é obter uma amostra das folhas com maturação mais recente. Folhas jovens, folhas com maior maturação e sementes não são consideradas tecidos das plantas adequados para análise, uma vez que normalmente não refletem o estado atual dos nutrientes de toda a planta.
O período recomendado para se obter a amostragem de muitas plantas geralmente é antes do início da etapa reprodutiva. A análise precisa requer que as amostras de tecidos das plantas sejam coletadas e manipuladas com cautela antes do envio para o laboratório. A composição elementar das plantas varia com a idade, a parte da planta amostrada e outros fatores. Portanto, é fundamental seguir os procedimentos de amostragem padrão.
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Manipulação de amostras de tecidos
Após a obtenção da amostragem das plantas, a manipulação adequada da amostra se torna imprescindível. Se as plantas estiverem empoeiradas, remova a poeira das partes amostradas da planta com uma escova macia ou lave para eliminar os contaminantes (se possível, use água destilada). Deve-se tomar cuidado, uma vez que boro pode ser lixiviado da amostra por lavagem excessiva.
Para evitar a deterioração do material da planta, a amostra deve ser completamente seca ao ar (a 60 - 82 °C) antes do envio para análise por um laboratório. O material fresco da planta vai se decompor rapidamente quando colocado em bolsas de polietileno ou em contêineres herméticos, a menos que seja mantido sob refrigeração.
Coloque as amostras secas ao ar em um contêiner limpo de papel ou tecido e feche o contêiner de expedição para evitar contaminação. Ao enviar as amostras das plantas para um laboratório para diagnóstico de problemas, envie também uma observação descrevendo o problema e as condições sob as quais as plantas estavam crescendo (o tipo de solo e a situação de umidade, a posição no terreno, o histórico da cultura e fertilizantes e produtos químicos aplicados nesta cultura).
As amostras de tecidos extraídas de áreas normais e anormais no campo podem auxiliar no diagnóstico de possíveis problemas nutricionais de boro.
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Interpretação da análise
O sucesso da análise das plantas como técnica de diagnóstico depende da interpretação dos resultados dos testes. O procedimento usado por muitos analistas de plantas é comparar a concentração de boro no tecido da planta com a faixa de suficiência encontrada nas plantas normais.
Tabelas listando faixas ou níveis deficitários, suficientes, excessivos e intermediários de boro, que tiverem sido estabelecidos pela pesquisa, podem ser obtidas e também são usadas para interpretar os resultados das análises das plantas. Há exemplos na Tabela 2.
Os intervalos de suficiência de boro para muitas culturas agrícolas e hortícolas estão listados na Nota Agronômica: Sintomas da deficiência de boro.
Embora possa ser tarde demais para fazer aplicações no solo depois do diagnóstico de deficiências de boro por meio da análise das plantas, é importante reconhecer que há um problema para que aplicações corretivas de fertilizantes possam ser feitas na próxima cultura.
Concentrações baixas de boro nos tecidos das plantas que foram amostradas antes da floração e do desenvolvimento das sementes podem ser corrigidas com aplicações imediatas de Solubor® por meio de pulverização foliar.
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